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Comentário Nacional Liderança Feminina
11/07/2023

Convenção da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais, BPW Brasil reune centenas de mulheres para fomentar a liderança e o empreendedorismo feminino. Foto: Facebook BPW Brasil.



 

A reportagem “Mais da metade da população, mulheres ocupam só 19% das vagas nas cortes superiores do país”, publicada no Jornal O Globo, no dia 11.6.2023, pela jornalista Julia Noia, traz a reflexão sobre a liderança feminina.

 


Os primeiros movimentos de emancipação das mulheres surgiram por volta do século XIX e ganharam mais força no século XX, especialmente a partir da luta das mulheres pelo direito ao voto, conhecidas como as sufragistas.


No Brasil, formalizou-se a emancipação parcial com o Código Civil de 1916, onde as mulheres casadas deveriam pedir autorização aos maridos para aceitar receber uma herança ou para exercer qualquer profissão.

Apenas em 1918, a primeira mulher dirigiu um automóvel. Dirigir significa liberdade de ir e vir, independência, reforça o fortalecimento feminino na tomada de decisões e para assumir outras responsabilidades, quebrando estereótipos machistas.

As mulheres pioneiras ao exercerem funções profissionais demonstraram que “podem ser o que quiserem ser”, assim, conquistando mais oportunidades para outras mulheres no mercado de trabalho.

Somente em 1932, foi incluído no Código Eleitoral que as mulheres solteiras e viúvas com renda própria e mulheres casadas, com permissão do marido, podiam votar.

Na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, em 3 de maio de 1933, a mulher brasileira, pela primeira vez, em âmbito nacional, votou e foi votada.

Em 1934 o voto feminino passa a ser regulamentado no país autorizando o direito ao voto das mulheres de todas as rendas, origens ou estado civil.

                                                             Mulheres votando pela primeira vez.  Foto: TV Globo/ Reprodução


A igualdade legal foi conquistada apenas em 1988, no artigo 5º da Constituição Federal ao prescrever que homens e mulheres são iguais perante a lei em direitos e obrigações.

A política também é assunto para mulheres. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais da metade da população brasileira (51,13%) é feminina, e elas representam, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 53% do eleitorado. No entanto, conforme a pesquisa, ocupam hoje menos de 15% dos cargos eletivos.

No país, há varias instituições, associações, movimentos e pessoas que desenvolvem programas e projetos voltados para o fortalecimento das mulheres, visando aumentar a quantidade de lideranças femininas na política, nas instituições e também, nas empresas.

Pode-se citar a OAB pela Comissão da Mulher Advogada, Movimento Paridade Já OAB, Movimento Independente 50/50, Grupo Virada Feminina, Grupo Mulheres do Brasil e a BPW Brasil – Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais.


Comemoração pela paridade de gênero e o aumento de mulheres ocupando cargos de poder na OAB. Foto: OABRS


Na OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, em 2015 foi implantado o Plano de Valorização da Mulher Advogada, com a regulamentação de cotas para o Conselho de 30% para mulheres e 70% para homens.

A partir de 2016, quando foi instituído como o Ano de Valorização da Mulher Advogada, foram realizadas diversas ações e capacitações, desenvolvidas pela Comissão da Mulher Advogada, preparando-as para liderança política institucional, inclusive, para falar em público e publicar artigos.

Em 2018, houve aprovação de cotas de representatividade de gênero nos cargos de diretoria, inicialmente de 30% para mulheres e 70% para homens.


    A Resolução 5/2020 do Conselho Federal, alterou o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia para estabelecer paridade de gênero (50%) e a política de cotas raciais para negros (pretos e pardos), no percentual de 30%, nas eleições da OAB.


A seguir, momentos marcantes para o fortalecimento feminino, na OAB:

                                                                                                                   Autora: Beatriz Peruffo


A OAB Nacional relembra “a primeira advogada brasileira, Myrthes Gomes. Ela se formou em 1898 pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Enfrentou muita resistência na família, na sociedade e no meio jurídico, mas lutou por seus ideais e exerceu a advocacia até sua aposentadoria, em 1944”.

Reconheceu, em 2023, o Conselho da OAB Nacional, Esperança Garcia como a primeira advogada brasileira. “Uma mulher negra escravizada que em 6 de setembro de 1770, “escreveu uma petição ao governador da Capitania em que denunciava as situações de violências pelas quais crianças e mulheres passavam e pedia providências”, disse o presidente Beto Simonetti.

Alison Lubascher, Presidente da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais, BPW Brasil  afirma que “a BPW é um celeiro de lideranças femininas.” Foto: BPW Brasil.

Para a presidente da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais (BPW Brasil), Alison Lubascher, “ a BPW Brasil participou ativamente da luta da classe trabalhadora, colocando-se à frente de discussões junto ao Ministério das Mulheres, e de outras batalhas em prol das mulheres, como: do auxílio-creche, igualdade de direitos, empreendedorismo feminino, combate ao assédio sexual no trabalho e a dignidade das trabalhadoras terceirizadas.

A visão da BPW Brasil é “ser reconhecida como um celeiro de lideranças femininas, independente de raças e credos, atraindo e mantendo personalidades femininas da comunidade, a empoderando, proporcionando trocas de experiências e aprimorando o empreendedorismo” conclui Alison Lubascher, Presidente da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais, BPW Brasil.



Bruna Marin Rossatto, Presidente Nacional da Virada Feminina  ao centro de saia branca, ladeada por associadas. Foto: Facebook da Virada Feminina

A Virada Feminina é um grupo suprapartidário que quer dar voz e vez às Mulheres, incentivando a participação de mais mulheres na política.

E sobre a presença de mulheres nos cargos políticos, salienta Bruna Marin Rossatto, Presidente Nacional da Virada Feminina que “as mulheres encontram dificuldades em vários contextos, principalmente por ser um ambiente hostil, extremamente feito para os homens, as mulheres precisam furar essa bolha”.

E complementa dizendo que “as mulheres não são rivais e precisam dar as mãos umas às outras, visando ajuda mútua e o fortalecimento feminino”. Conclui Bruna, ao afirmar que a rivalidade entre mulheres, deixa-as no calabouço, fora dos cargos de poder”.


Entrevista completa com Bruna Marin Rossatto, Presidente Nacional da Virada Feminina:




 A seguir, o audio como comentarista nacional, Beatriz Peruffo para o jornalista e professor, Renato Ferreira na Rádio UFP – Universidade Fernando Pessoa, a respeito da liderança feminina no Brasil.

Beatriz Peruffo · Comentário Fortalecimento Feminino

 

Para saber mais:

https://www.tse.jus.br/comunicacao/noticias/2013/Marco/ha-80-anos-mulheres-conquistaram-o-direito-de-votar-e-ser-votadas

https://www.oab.org.br/noticia/58622/oab-comemora-dia-da-mulher-advogada-com-a-historica-conquista-da-paridade-de-genero-na-entidade?argumentoPesquisa=paridade

https://www.oab.org.br/noticia/60503/esperanca-garcia-e-reconhecida-pelo-conselho-pleno-como-a-primeira-advogada-brasileira?argumentoPesquisa=esperan%C3%A7a%20garcia

https://www.bpwbrasil.org

https://www.facebook.com/viradafemininabg/

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